A PRÉ-HISTÓRIA DA PERMACULTURA NO BRASIL.

              Foto: Design Permacultural Projeto Caçapava / São Paulo  por Bill Mollison. Fonte: Kennedy e Kennedy, 1981.

 

Esse artigo foi escrito no intuito de desvendar um pouco dos enigmas que acercam da sua chegada, bem como assentar mais uma pedra na construção coletiva da memória que alicerça a Permacultura Tupiniquin.

De acordo com Pamplona (2005), que refaz a trajetória da Permacultura no Brasil quando do lançamento da edição n°1 da extinta Revista Permear, o coloca como o seu marco inaugural o ano de 1992.

Não faz muito tempo, em 1992, Bill Mollison ministrou um curso de Permacultura no Rio Grande do Sul e estabeleceu um marco inaugural: de lá para cá, a Permacultura desenvolveu-se no Brasil, conquistando dia após dia um número crescente de praticantes. (PAMPLONA, 2005, P.8)

No entanto tomaremos por base o ano de 1992 enquanto Marco divisor e não como Marco inaugural, pois vale ressaltar que ainda nos anos 80, uma editora brasileira já havia publicado traduções dos dois primeiros livros tidos como basilares que tratam sobre o tema, são eles: Permacultura Um – uma Agricultura Permanente nas Comunidades em Geral • Bill Mollison & David Holmgren – 1983 e Permacultura Dois • Bill Mollison (1987).

O fato é que há um período na historiografia da Permacultura em Terra Brasilis que se apresenta como um verdadeiro Elo Perdido, e é justamente uma parte desse vazio que tentaremos ocupar aqui.

Na condição de arqueólogo e entusiasta da construção coletiva da memória social, sempre me chamou a atenção esse período pré-histórico pela ausência de registro, isso me fez partir para essa investigação tendo por base algumas perguntas:

 

  • Quem seriam o/a(s) entusiastas da tradução do livro Permacultura Um quase uma década antes do evento tido como Marco inaugural e apenas cinco anos após sua publicação original na Austrália?
  • Como esse pensamento de vanguarda (ou retaguarda) que é a Permacultura havia chegado ao Brasil e já ocupado um espaço editorial naquela época, sendo este ainda hoje é um espaço não foi consolidado?

 

Partindo dessas indagações, embarcamos nessa expedição na tentativa de elucidar como ocorrera de maneira tão precoce à tradução para a língua portuguesa de uma literatura tão especifica, numa época em que não havia um fluxo tão dinâmico de troca de informações como hoje por conta da internet.

Tendo por base o conceito da Arqueologia, que estuda registros, as culturas e os modus vivendi das populações ancestrais a partir de uma análise a partir de registros materiais, propomos aqui uma analogia com a investigação em torno da prática permacultural no Brasil no período anterior ao ano de 1992 tido como Marco inaugural.

Tenham uma boa leitura!!!

 

por Paulo  Campos Crato – Chapada do Araripe, 04/12/2018.

Educador, marceneiro, padeiro, licenciado em Geografia, especialista em Permacultura e Arqueologia Social Inclusiva e mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentável

permaculturakariry@gmail.com

A PRE HISTORIA DA PERMACULTURA NO BRASIL

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