Jardins Comestíveis

A iniciativa de começar uma mudança pelo próprio quintal com a introdução do conceito de jardim comestível, pode ser uma alternativa sustentável. Com essa percepção, é que em 2004 o Instituto de Permacultura e Ecovila da Mata Atlântica, edita e publica a cartilha Jardins Comestíveis, publicação essa que hora disponibilizamos para a comunidade de permacultores.

Jardins são locais onde plantamos flores e folhagens a fim de embelezar o entorno de nossas casas. Mas podemos aproveitar estes espaços para produzir alimentos, plantas medicinais e aromáticas, assim os jardins além de bonitos podem ser úteis.
Desta forma é possível associar a função paisagística de um jardim as nossas necessidades diárias como a produção de temperos, chás, verduras, legumes e frutas entre outras plantas úteis ao cotidiano.
As diferentes formas, tipos e composição de plantas formam um bonito jardim, diversificado e útil. Podemos consorciar as plantas observando as diversas formas de raízes e arquitetura das plantas, aproveitando melhor os espaços dando uma utilidade maior para o nosso jardim.

 

Façam bom proveito.

jardinscomestiviesnet

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Revista Permear – Soluções para a sustentabilidade

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Caros leitores, hoje trazemos aqui mais um belo registro fruto da construção coletiva da permacultura no Brasil. Reproduzimos abaixo o editorial veiculado quando do lançamento da referida revista, ainda em 2005.

Das páginas que se seguem jorram vinho leve, fino, licoroso, resultante da fermentação, no caldeirão dos mitos, do sumo das ideias e dos desejos de uma gente cultora de prosa e poesia, verdade e beleza, prazer e riso. Bebam-nas em honra do deus Dionísio.

Por fim, nasceu a revista que deseja permear o universo infinito da ecologia profunda, por onde saltam ágeis, e contra todas as hierarquias de poder e de valor, os poetas-filósofos do pensamento sistêmico e da ética da natureza. Como Hermes, o deus da comunicação e das mediações, de pés alados, flexível e desenvolto, queremos estabelecer relações entre as leis universais e os casos particulares, entre as forças da natureza e as formas de cultura, entre a ciência e os conhecimentos ancestrais.

Numa época em que outras mídias triunfam, dotadas de velocidade espantosa e de um raio de ação extremamente extenso, arriscando reduzir toda comunicação a uma massa uniforme e homogênea, buscamos a comunicação entre o que é diverso pelo fato de ser diverso, não embotando, mas antes exaltando a diferença.

A Rede Permear de Permacultores e a Fundação Banco do Brasil nos ajudam a desenrolar o fio e a tecer este projeto coletivo de comunicação, marcado por caminhos que podem mudar a nossa visão de mundo. Esta edição é fruto do trabalho conjunto e do entendimento mútuo sobre a necessidade de dar prosseguimento à circulação de informações e ideias em Permacultura.

No entanto, saibam os amigos leitores, ainda não é possível a nós e aos parceiros da revista assegurar novas edições, o que nos impede de aceitar assinaturas. Por isso mesmo, importa-nos agora que vocês sejam tomados pela força especial que esta edição carrega, como polo de um campo magnético em que todos os esforços serão magicamente recompensados com futuras edições.

Sigamos confiantes.

Sérgio e Nina,
editores

 

revista-Permear-n°1

Agricultura Ecológica: Uma Conversa com Fukuoka, Jackson e Mollison.

Hoje trazemos aqui, uma publicação que resulta de uma entrevista tripla, ou melhor, um bate-bola entre os notáveis Masanobu Fukuoka, Wes Jackson e Bill Mollison. O registro ocorreu em meio à realização da 2° Conferência Internacional de Permacultura, realizada nos Estados Unidos da América em 1987.  “Você pode pensar que nós três estamos no cavalo […]

PERMACULTURA: A PROGRESSAO DENTRO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS – ENCONTRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS DA REGIÃO NORDESTE – 1994

No período de 24 a 26 de maio de 1994, Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido – CPATSA, pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, em conjunto com o Projeto PNUO/FAO/IBAMAlBRAl87-007, promoveram na cidade de Petrolina(PE) o Encontro sobre Sistemas Agroflorestais da Região Nordeste.

A ideia da realização do Encontro sobre Sistemas Agroflorestais da Região Nordeste surgiu da necessidade de gerar conhecimentos e discutir os diferentes sistemas agroflorestais existentes, tratando dos seus aspectos científicos, técnicos e práticos sob a ótica ambiental, biológica e sócio – econômica, visando levantar a potencialidade e as limitações desse tipo de uso da terra para a região semiárida do Nordeste brasileiro.

A metodologia do encontro consistiu de três fases distintas. Num primeiro momento, através de técnicas de “tempestade de ideias”, explanação oral e debates, procurou-se obter o nivelamento dos participantes, no que diz respeito à conceituação e caracterização de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Posteriormente, os representantes das instituições convidadas apresentaram suas experiências com esses sistemas e através de mesas redondas, procurou- se debater com maior profundidade a situação atual dos SAFs nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, dando ênfase às ações voltadas para o semiárido. Na ocasião foi feito o levantamento da situação atual dos sistemas agroflorestais, enfocando os principais sucessos e entraves e, com base nas conclusões obtidas, foram elaboradas as recomendações e estratégias para a implantação de SAFs na região.

Nesta oportunidade foi relatado um total de 25 (vinte e cinco) experiências de SAFs pelos diversos organismos participantes, entre estes estava Marsha Hanzi a época coordenadora do Instituto de Permacultura da Bahia.  Embora seja um simples registro, o mesmo é bastante representativo, uma vez em 1994 a Permacultura ainda estava engatinhando no Brasil, este simboliza um ato de afirmação da ótica e da ética permacultural enquanto uma estratégia de manejo sustentável de um agroecossistema.

Trazemos aqui o trecho apresentação de Marsha Hanzi de forma sintetizada, tal qual consta nos Anais encontro.

 

 

Abaixo os Anais na íntegra.

anais encontro sobre sistemas agroflorestais da regiÃo nordeste 1994

Cordel da Permacultura

Permacultura: A revolução silenciosa!   

Sorrateiramente vem chegando

Se espalhando sem muito alarmar

Melhor que venha silenciosa e cresça sem se esperar

Assim o governo não impede de nos multiplicar

Alguns já ouviram falar, outros praticam sem nem pensar

Mas há aqueles que falam sem praticar, dizendo serem revolucionários sem numa enxada pegar

Mas que tal de revolução é essa que eu nunca ouvi falar?

É a tal da permacultura que vai te transformar

(Autor desconhecido)

A PRÉ-HISTÓRIA DA PERMACULTURA NO BRASIL.

              Foto: Design Permacultural Projeto Caçapava / São Paulo  por Bill Mollison. Fonte: Kennedy e Kennedy, 1981.

 

Esse artigo foi escrito no intuito de desvendar um pouco dos enigmas que acercam da sua chegada, bem como assentar mais uma pedra na construção coletiva da memória que alicerça a Permacultura Tupiniquin.

De acordo com Pamplona (2005), que refaz a trajetória da Permacultura no Brasil quando do lançamento da edição n°1 da extinta Revista Permear, o coloca como o seu marco inaugural o ano de 1992.

Não faz muito tempo, em 1992, Bill Mollison ministrou um curso de Permacultura no Rio Grande do Sul e estabeleceu um marco inaugural: de lá para cá, a Permacultura desenvolveu-se no Brasil, conquistando dia após dia um número crescente de praticantes. (PAMPLONA, 2005, P.8)

No entanto tomaremos por base o ano de 1992 enquanto Marco divisor e não como Marco inaugural, pois vale ressaltar que ainda nos anos 80, uma editora brasileira já havia publicado traduções dos dois primeiros livros tidos como basilares que tratam sobre o tema, são eles: Permacultura Um – uma Agricultura Permanente nas Comunidades em Geral • Bill Mollison & David Holmgren – 1983 e Permacultura Dois • Bill Mollison (1987).

O fato é que há um período na historiografia da Permacultura em Terra Brasilis que se apresenta como um verdadeiro Elo Perdido, e é justamente uma parte desse vazio que tentaremos ocupar aqui.

Na condição de arqueólogo e entusiasta da construção coletiva da memória social, sempre me chamou a atenção esse período pré-histórico pela ausência de registro, isso me fez partir para essa investigação tendo por base algumas perguntas:

 

  • Quem seriam o/a(s) entusiastas da tradução do livro Permacultura Um quase uma década antes do evento tido como Marco inaugural e apenas cinco anos após sua publicação original na Austrália?
  • Como esse pensamento de vanguarda (ou retaguarda) que é a Permacultura havia chegado ao Brasil e já ocupado um espaço editorial naquela época, sendo este ainda hoje é um espaço não foi consolidado?

 

Partindo dessas indagações, embarcamos nessa expedição na tentativa de elucidar como ocorrera de maneira tão precoce à tradução para a língua portuguesa de uma literatura tão especifica, numa época em que não havia um fluxo tão dinâmico de troca de informações como hoje por conta da internet.

Tendo por base o conceito da Arqueologia, que estuda registros, as culturas e os modus vivendi das populações ancestrais a partir de uma análise a partir de registros materiais, propomos aqui uma analogia com a investigação em torno da prática permacultural no Brasil no período anterior ao ano de 1992 tido como Marco inaugural.

Tenham uma boa leitura!!!

 

por Paulo  Campos Crato – Chapada do Araripe, 04/12/2018.

Educador, marceneiro, padeiro, licenciado em Geografia, especialista em Permacultura e Arqueologia Social Inclusiva e mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentável

permaculturakariry@gmail.com

A PRE HISTORIA DA PERMACULTURA NO BRASIL

CÍRCULOS DE APRENDIZAGEM EM PERMACULTURA – PDC DO CARIRI. (Relato de Experiência)

O presente Relato de Experiência, é um Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, de autoria do Permacultor e educador Paulo Eduardo Rolim Campos, este e um produto do Curso de Especialização em Permacultura, ocorrido na Universidade Federal do Cariri, no período de 2016 a 2018.

O trabalho tem como objetivo expor como se deu a realização dos Círculos de Aprendizagem em Permacultura – PDC do Cariri, ao longo do ano 2017. O mesmo está assim organizado: Inicialmente traz sua fundamentação teórica, acerca da Permacultura, Educação Biocêntrica e Alfabetização Ecológica. Em seguida, é explicitado como se sucederam as vivências práticas, teóricas e reflexivas mediadoras do processo, onde foram incorporadas práticas ecopedagógicas, interdisciplinares e transversais à rotina de aprendizagem. Como resultado principal, temos a formação de novos Designers em Permacultura aptos a atuarem no planejamento e implantação de um Vale do Cariri integralmente saudável, assim como mais um singelo passo na consolidação do Cariri cearense como um epicentro biorregional de fomento, promoção e formação de permacultores.

Tenham uma boa leitura!!!

Monografia Especialização Permacultura Paulo Campos

Curso de construções alternativas, construção da zona 1

Na prática da formação de permacultores nos cursos padrão de Permacultura Design e Consultoria (PDC) aparece sempre uma demanda recorrente: Como começar?

Os novos permacultores demandam uma outra oportunidade de ver a permacultura em ação, num novo contexto, numa situação real. Onde as ações, que levam a concretizar o projeto ou design, sejam marcadas pela atividade prática de construir fisicamente no espaço as conexões previstas no projeto.

Esta demanda é genuína. Se considerarmos que um curso PDC encoraja as pessoas a agirem com a ética da permacultura, que construam seus espaços permanentes, que ajam com visão holística e sistêmica e que se disponham a utilizar toda a bagagem de conhecimentos disponíveis na cultura local mais o que e útil no saber científico e técnico moderno; não é de se estranhar que o peso daresponsabilidade mais as dúvidas lógicas que se apresentam ante o novo, ante a mudança, façam surgir a pergunta “Como começar?.

Esta iniciativa pretende dar um encaminhamento aos anseios de ver as ações na prática, levando aos permacultores pelo caminho das realizações concretas e criando um novo ânimo, que poderia ser representada pela simples resposta: E só fazer!

Por achar que a sustentabilidade dos nossos empreendimentos e a
permanência do ser humano no planeta começa por ter uma moradia digna,
alimentação sadia e emissão zero de efluentes desenvolvemos este curso que
prioriza e propõe a construção da Zona 1 como o espaço central e de máxima
dedicação (no que se refere a aplicação de energias e expectativas pessoais). Este
espaço deve garantir a maximização da qualidade de vida, para logo estruturar o
espaço integral (zonas 2,3,4 e 5) para o desenvolvimento familiar.
Esperamos que este curso seja o ponta pé inicial e que encoraje nossos
parceiros nesta empreitada, para construirmos uma alternativa de mundo melhor,de uma vida sustentável em que predominem a parceria e a cooperação.

Esta apostila busca, de forma resumida registrar os conteúdos básicos de cada uma das oficinas, dando um suporte mínimo aos participantes do curso de construções de zona 1. Não temos a pretensão de esgotar ou aprofundar cada um dos temas aqui apresentados mas apenas registrar os pontos fundamentais e básicos de cada um deles. Este material foi elaborado por cada um dos instrutores na forma de coletânea, não tendo assim um estilo único, e sim a personalidade e pessoalidade da equipe.

Jorge Roberto Timmemann, setembro de 2003.

Apostila Curso Zona1

Curso de Bioconstrução – Ministério do Meio Ambiente

Esta publicação reúne material didático adotado em curso implementado pelo Programa de Apoio ao Ecoturismo e à Sustentabilidade Ambiental do Turismo – PROECOTUR da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, busca na sensibilização e capacitação de atores comunitários que vivem em áreas de interesse ecoturístico. A metodologia adotada envolveu aulas teóricas e práticas que incluem o planejamento e a construção de uma edificação para uso residencial, ou de qualquer outro tipo de equipamento turístico comunitário.

O Curso de Capacitação em Bioconstrução tem por objetivo estimular a adoção de tecnologias de mínimo impacto ambiental nas construções de moradias ou equipamentos turísticos comunitários, por meio de técnicas de arquitetura adequadas ao clima, que valorizem a eficiência energética, o tratamento adequado de resíduos, o uso de recursos matérias-primas locais, aproveitando os conhecimentos e saberes gerados pelas próprias comunidades envolvidas.

Em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, o Proecotur implementou uma exitosa experiência piloto que permitiu testar e validar conceitos, técnicas e etapas do Curso na área de um projeto de assentamento de reforma agrária, localizada na Ilha Grande do Paulino, em Tutóia, no Estado do Maranhão. Esse curso permitiu transmitir conhecimentos e técnicas em bioconstrução para um grupo de 35 pessoas da comunidade, que, em regime de mutirão, construiu uma casa com 86m para uma das famílias envolvidas no projeto de assentamento.

O êxito e a aceitação do projeto na comunidade rural da Ilha Grande do Paulino já mobilizam esforços do Programa para replicação do curso, atendendo outras demandas em várias regiões do país. Dessa forma, esperamos que esta iniciativa contribua com a implementação de políticas públicas socioambientais integradas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais, por meio da disseminação de práticas e soluções arquitetônicas de mínimo impacto ambiental para áreas rurais, em especial aquelas com potencial turístico, com a otimização de recursos financeiros, a economia no uso dos recursos naturais, contribuindo com a conservação ambiental e ainda agregando valor aos produtos turísticos destas áreas.

O curso e a publicação tiveram  como consultora responsável a bioarquiteta e permacultora Cecília Prompt.

Curso de Bioconstrução Ministério do Meio Ambiente

Introdução a Permacultura

 

A publicação e distribuição em 1998 do livro  Introdução a Permacultura de autoria de Bill Mollison e Reny Mia Slay e tradução de André Soares, é um legado a comunidade permacultural brasileira deixado pelo Instituto de Permacultura da Amazônia – IPA, pela Fundação Daniel Dazcal e pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento por meio do Programa Novas Fronteiras da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável – PNFC. Ainda no mesmo ano saiu uma segunda edição publicada pela Rede Brasileira de Permacultura – RBP com o apoio da Permacultura America Latina – PAL.

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