Revista Permear – Soluções para a sustentabilidade

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Caros leitores, hoje trazemos aqui mais um belo registro fruto da construção coletiva da permacultura no Brasil. Reproduzimos abaixo o editorial veiculado quando do lançamento da referida revista, ainda em 2005.

Das páginas que se seguem jorram vinho leve, fino, licoroso, resultante da fermentação, no caldeirão dos mitos, do sumo das ideias e dos desejos de uma gente cultora de prosa e poesia, verdade e beleza, prazer e riso. Bebam-nas em honra do deus Dionísio.

Por fim, nasceu a revista que deseja permear o universo infinito da ecologia profunda, por onde saltam ágeis, e contra todas as hierarquias de poder e de valor, os poetas-filósofos do pensamento sistêmico e da ética da natureza. Como Hermes, o deus da comunicação e das mediações, de pés alados, flexível e desenvolto, queremos estabelecer relações entre as leis universais e os casos particulares, entre as forças da natureza e as formas de cultura, entre a ciência e os conhecimentos ancestrais.

Numa época em que outras mídias triunfam, dotadas de velocidade espantosa e de um raio de ação extremamente extenso, arriscando reduzir toda comunicação a uma massa uniforme e homogênea, buscamos a comunicação entre o que é diverso pelo fato de ser diverso, não embotando, mas antes exaltando a diferença.

A Rede Permear de Permacultores e a Fundação Banco do Brasil nos ajudam a desenrolar o fio e a tecer este projeto coletivo de comunicação, marcado por caminhos que podem mudar a nossa visão de mundo. Esta edição é fruto do trabalho conjunto e do entendimento mútuo sobre a necessidade de dar prosseguimento à circulação de informações e ideias em Permacultura.

No entanto, saibam os amigos leitores, ainda não é possível a nós e aos parceiros da revista assegurar novas edições, o que nos impede de aceitar assinaturas. Por isso mesmo, importa-nos agora que vocês sejam tomados pela força especial que esta edição carrega, como polo de um campo magnético em que todos os esforços serão magicamente recompensados com futuras edições.

Sigamos confiantes.

Sérgio e Nina,
editores

 

revista-Permear-n°1

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PERMACULTURA: A PROGRESSAO DENTRO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS – ENCONTRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS DA REGIÃO NORDESTE – 1994

No período de 24 a 26 de maio de 1994, Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido – CPATSA, pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, em conjunto com o Projeto PNUO/FAO/IBAMAlBRAl87-007, promoveram na cidade de Petrolina(PE) o Encontro sobre Sistemas Agroflorestais da Região Nordeste.

A ideia da realização do Encontro sobre Sistemas Agroflorestais da Região Nordeste surgiu da necessidade de gerar conhecimentos e discutir os diferentes sistemas agroflorestais existentes, tratando dos seus aspectos científicos, técnicos e práticos sob a ótica ambiental, biológica e sócio – econômica, visando levantar a potencialidade e as limitações desse tipo de uso da terra para a região semiárida do Nordeste brasileiro.

A metodologia do encontro consistiu de três fases distintas. Num primeiro momento, através de técnicas de “tempestade de ideias”, explanação oral e debates, procurou-se obter o nivelamento dos participantes, no que diz respeito à conceituação e caracterização de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Posteriormente, os representantes das instituições convidadas apresentaram suas experiências com esses sistemas e através de mesas redondas, procurou- se debater com maior profundidade a situação atual dos SAFs nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, dando ênfase às ações voltadas para o semiárido. Na ocasião foi feito o levantamento da situação atual dos sistemas agroflorestais, enfocando os principais sucessos e entraves e, com base nas conclusões obtidas, foram elaboradas as recomendações e estratégias para a implantação de SAFs na região.

Nesta oportunidade foi relatado um total de 25 (vinte e cinco) experiências de SAFs pelos diversos organismos participantes, entre estes estava Marsha Hanzi a época coordenadora do Instituto de Permacultura da Bahia.  Embora seja um simples registro, o mesmo é bastante representativo, uma vez em 1994 a Permacultura ainda estava engatinhando no Brasil, este simboliza um ato de afirmação da ótica e da ética permacultural enquanto uma estratégia de manejo sustentável de um agroecossistema.

Trazemos aqui o trecho apresentação de Marsha Hanzi de forma sintetizada, tal qual consta nos Anais encontro.

 

 

Abaixo os Anais na íntegra.

anais encontro sobre sistemas agroflorestais da regiÃo nordeste 1994

A PRÉ-HISTÓRIA DA PERMACULTURA NO BRASIL.

              Foto: Design Permacultural Projeto Caçapava / São Paulo  por Bill Mollison. Fonte: Kennedy e Kennedy, 1981.

 

Esse artigo foi escrito no intuito de desvendar um pouco dos enigmas que acercam da sua chegada, bem como assentar mais uma pedra na construção coletiva da memória que alicerça a Permacultura Tupiniquin.

De acordo com Pamplona (2005), que refaz a trajetória da Permacultura no Brasil quando do lançamento da edição n°1 da extinta Revista Permear, o coloca como o seu marco inaugural o ano de 1992.

Não faz muito tempo, em 1992, Bill Mollison ministrou um curso de Permacultura no Rio Grande do Sul e estabeleceu um marco inaugural: de lá para cá, a Permacultura desenvolveu-se no Brasil, conquistando dia após dia um número crescente de praticantes. (PAMPLONA, 2005, P.8)

No entanto tomaremos por base o ano de 1992 enquanto Marco divisor e não como Marco inaugural, pois vale ressaltar que ainda nos anos 80, uma editora brasileira já havia publicado traduções dos dois primeiros livros tidos como basilares que tratam sobre o tema, são eles: Permacultura Um – uma Agricultura Permanente nas Comunidades em Geral • Bill Mollison & David Holmgren – 1983 e Permacultura Dois • Bill Mollison (1987).

O fato é que há um período na historiografia da Permacultura em Terra Brasilis que se apresenta como um verdadeiro Elo Perdido, e é justamente uma parte desse vazio que tentaremos ocupar aqui.

Na condição de arqueólogo e entusiasta da construção coletiva da memória social, sempre me chamou a atenção esse período pré-histórico pela ausência de registro, isso me fez partir para essa investigação tendo por base algumas perguntas:

 

  • Quem seriam o/a(s) entusiastas da tradução do livro Permacultura Um quase uma década antes do evento tido como Marco inaugural e apenas cinco anos após sua publicação original na Austrália?
  • Como esse pensamento de vanguarda (ou retaguarda) que é a Permacultura havia chegado ao Brasil e já ocupado um espaço editorial naquela época, sendo este ainda hoje é um espaço não foi consolidado?

 

Partindo dessas indagações, embarcamos nessa expedição na tentativa de elucidar como ocorrera de maneira tão precoce à tradução para a língua portuguesa de uma literatura tão especifica, numa época em que não havia um fluxo tão dinâmico de troca de informações como hoje por conta da internet.

Tendo por base o conceito da Arqueologia, que estuda registros, as culturas e os modus vivendi das populações ancestrais a partir de uma análise a partir de registros materiais, propomos aqui uma analogia com a investigação em torno da prática permacultural no Brasil no período anterior ao ano de 1992 tido como Marco inaugural.

Tenham uma boa leitura!!!

 

por Paulo  Campos Crato – Chapada do Araripe, 04/12/2018.

Educador, marceneiro, padeiro, licenciado em Geografia, especialista em Permacultura e Arqueologia Social Inclusiva e mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentável

permaculturakariry@gmail.com

A PRE HISTORIA DA PERMACULTURA NO BRASIL

PROJETO PERMACULTURA NA AMAZÔNIA

O Projeto Permacultura na Amazônia funcionou de 1997 a 2012, era uma iniciativa do Instituto de Permacultura da Amazônia – IPA, da Permacultura America Latina – PAL, e da Fundação Daniel Dazcal, era localizado na Escola Agrotécnica Federal de Manaus e contava com o apoio da Fundação Avina e do Ministério da Agricultura por meio do Programa Novas Fronteiras da Cooperação – PNFC.
Ela tinha o objetivo de desenvolver unidades e sistemas produtivos permanentes que valorizassem os conhecimentos tradicionais, gerando renda e autonomia para as comunidades rurais. As principais frentes de atuação eram o desenvolvimento de tecnologias sócio ecológicas e a geração de conhecimento a partir da formação em Permacultura de lideranças locais e agentes comunitários.
No presente momento compartilhamos aqui alguns relatórios que contam um pouco da história dessa iniciativa, assim como parte da própria história da Permacultura no Brasil. Estes funcionam como boletins, registrando dados, fatos, programas, projetos, acordos de cooperação, pesquisas dentre outros, executados nos anos de 2002/2003/2004/2007/2008 e 2009.
Um dos fatos registrado é a visita de Príncipe Charles, que  acompanhado dos coordenadores do projeto, os permacultores Carlos Miller e Ali Sharif, que aparecem na foto acima, teve a oportunidade de conhecer de perto as técnicas sociais lá desenvolvidas quando de sua visita ao Brasil em 2009.

Revista Permacultura Brasil nº 15 e 16

Hoje  terminamos a série de divulgação da revista Permacultura Brasil com publicação dos números 15 e 16.
Estamos orgulhosos desta divulgação, feita semana a semana, contribuindo para a divulgação deste importante material, que faz parte da história da permacultura no Brasil. Por isso, seguimos publicando o texto introdutório deste material:
Um reconhecimento às pessoas que fizeram a revista circular entre os anos de 1998 e 2004.
Com uma tiragem pequena de apenas 1000 exemplares, distribuição limitada, trabalho voluntário, mas conteúdo de primeira, ela ainda hoje surpreende aqueles que folheiam um exemplar pela qualidade da informação.
Era para ser trimestral, mas nunca conseguiu. Foram ao todo 16 edições, que fizeram muito pela divulgação da permacultura entre nós, em um tempo em que ela ainda era uma ilustre desconhecida.
Há pouco tempo, alguns jovens permacultores se deram ao trabalho de digitalizar todas essas edições, por acharem que essa informação deveria estar disponível para todos. Não temos como discordar. A partir deste momento, vamos publicar todas essas 16 edições da Permacultura Brasil neste PermaForum.
Queremos com isso, além de divulgar boa informação, fazer um reconhecimento e homenagem a todos os que deram seu tempo e energia para que ela viesse a existir, e que, por isso mesmo, fazem parte da história da permacultura no Brasil.
Ali Sharif (in memoriam), que viu a necessidade de uma publicação e bancou a revista com recursos da PAL (Permacultura America Latina).
André Soares, que ajudou a criar e a dar o pontapé inicial na revista.
Lucy Legan, que propôs e escreveu uma sessão infantil para cada edição.
Fernando J. Soares, que pegou o bastão e editou sozinho as edições de 1 a 5.
Sérgio Pamplona, que editou as revistas de 6 a 12 sozinho, e co-editou da 13 à 16.
Nina Rodrigues, que editou as edições de 13 a 16.
Adriana Morbeck, que administrou a empreitada a partir da edição 6.
E a todos os colaboradores e colaboradoras que mandaram excelentes artigos e matérias que ao final formaram esse acervo de informação. Esperamos que a divulgação virtual e gratuita deste rico material sobre permacultura inspire e estimule muitas pessoas na construção da cultura de permanência que tanto precisamos.
 Exemplar número QUINZE E DEZESSEIS disponibilizados. Boa leitura!

Revista Permacultura Brasil nº14

Estamos chegando à etapa final da publicação das Revistas Permacultura Brasil. Hoje publicamos o número 14, ou seja, depois desta faltam apenas mais duas!
Estamos orgulhosos desta divulgação, semana a semana, e esperamos contribuir para a divulgação deste importante material, que faz parte da história da permacultura no Brasil. Por isso, seguimos publicando o texto introdutório deste material: um reconhecimento às pessoas que fizeram a revista circular entre os anos de 1998 e 2004.
Com uma tiragem pequena de apenas 1000 exemplares, distribuição limitada, trabalho voluntário, mas conteúdo de primeira, ela ainda hoje surpreende aqueles que folheiam um exemplar pela qualidade da informação.
Era para ser trimestral, mas nunca conseguiu. Foram ao todo 16 edições, que fizeram muito pela divulgação da permacultura entre nós, em um tempo em que ela ainda era uma ilustre desconhecida.
Há pouco tempo, alguns jovens permacultores se deram ao trabalho de digitalizar todas essas edições, por acharem que essa informação deveria estar disponível para todos. Não temos como discordar. A partir deste momento, vamos publicar todas essas 16 edições da Permacultura Brasil neste PermaForum.
Queremos com isso, além de divulgar boa informação, fazer um reconhecimento e homenagem a todos os que deram seu tempo e energia para que ela viesse a existir, e que, por isso mesmo, fazem parte da história da permacultura no Brasil.
Ali Sharif (in memoriam), que viu a necessidade de uma publicação e bancou a revista com recursos da PAL (Permacultura America Latina).
André Soares, que ajudou a criar e a dar o pontapé inicial na revista.
Lucy Legan, que propôs e escreveu uma sessão infantil para cada edição.
Fernando J. Soares, que pegou o bastão e editou sozinho as edições de 1 a 5.
Sérgio Pamplona, que editou as revistas de 6 a 12 sozinho, e co-editou da 13 à 16.
Nina Rodrigues, que editou as edições de 13 a 16.
Adriana Morbeck, que administrou a empreitada a partir da edição 6.
E a todos os colaboradores e colaboradoras que mandaram excelentes artigos e matérias que ao final formaram esse acervo de informação. Esperamos que a divulgação virtual e gratuita deste rico material sobre permacultura inspire e estimule muitas pessoas na construção da cultura de permanência que tanto precisamos.
 Exemplar número CATORZE disponibilizado. Boa leitura!

Revista Permacultura Brasil nº13

Estamos chegando à etapa final da publicação das Revistas Permacultura Brasil. Hoje publicamos o número treze,
Estamos orgulhosos desta divulgação, semana a semana, e esperamos contribuir para a divulgação deste importante material, que faz parte da história da permacultura no Brasil. Por isso, seguimos publicando o texto introdutório deste material: um reconhecimento às pessoas que fizeram a revista circular entre os anos de 1998 e 2004.
Com uma tiragem pequena de apenas 1000 exemplares, distribuição limitada, trabalho voluntário, mas conteúdo de primeira, ela ainda hoje surpreende aqueles que folheiam um exemplar pela qualidade da informação.
Era para ser trimestral, mas nunca conseguiu. Foram ao todo 16 edições, que fizeram muito pela divulgação da permacultura entre nós, em um tempo em que ela ainda era uma ilustre desconhecida.
Há pouco tempo, alguns jovens permacultores se deram ao trabalho de digitalizar todas essas edições, por acharem que essa informação deveria estar disponível para todos. Não temos como discordar. A partir deste momento, vamos publicar todas essas 16 edições da Permacultura Brasil neste PermaForum.
Queremos com isso, além de divulgar boa informação, fazer um reconhecimento e homenagem a todos os que deram seu tempo e energia para que ela viesse a existir, e que, por isso mesmo, fazem parte da história da permacultura no Brasil.
Ali Sharif (in memoriam), que viu a necessidade de uma publicação e bancou a revista com recursos da PAL (Permacultura America Latina).
André Soares, que ajudou a criar e a dar o pontapé inicial na revista.
Lucy Legan, que propôs e escreveu uma sessão infantil para cada edição.
Fernando J. Soares, que pegou o bastão e editou sozinho as edições de 1 a 5.
Sérgio Pamplona, que editou as revistas de 6 a 12 sozinho, e co-editou da 13 à 16.
Nina Rodrigues, que editou as edições de 13 a 16.
Adriana Morbeck, que administrou a empreitada a partir da edição 6.
E a todos os colaboradores e colaboradoras que mandaram excelentes artigos e matérias que ao final formaram esse acervo de informação. Esperamos que a divulgação virtual e gratuita deste rico material sobre permacultura inspire e estimule muitas pessoas na construção da cultura de permanência que tanto precisamos.
 Exemplar número TREZE disponibilizado. Boa leitura!

Revista Permacultura Brasil- número 12

Estamos chegando à etapa final da publicação das Revistas Permacultura Brasil. Hoje publicamos o número doze
Estamos orgulhosos desta divulgação, semana a semana, e esperamos contribuir para a divulgação deste importante material, que faz parte da história da permacultura no Brasil. Por isso, seguimos publicando o texto introdutório deste material: um reconhecimento às pessoas que fizeram a revista circular entre os anos de 1998 e 2004.
Com uma tiragem pequena de apenas 1000 exemplares, distribuição limitada, trabalho voluntário, mas conteúdo de primeira, ela ainda hoje surpreende aqueles que folheiam um exemplar pela qualidade da informação.
Era para ser trimestral, mas nunca conseguiu. Foram ao todo 16 edições, que fizeram muito pela divulgação da permacultura entre nós, em um tempo em que ela ainda era uma ilustre desconhecida.
Há pouco tempo, alguns jovens permacultores se deram ao trabalho de digitalizar todas essas edições, por acharem que essa informação deveria estar disponível para todos. Não temos como discordar. A partir deste momento, vamos publicar todas essas 16 edições da Permacultura Brasil neste PermaForum.
Queremos com isso, além de divulgar boa informação, fazer um reconhecimento e homenagem a todos os que deram seu tempo e energia para que ela viesse a existir, e que, por isso mesmo, fazem parte da história da permacultura no Brasil.
Ali Sharif (in memoriam), que viu a necessidade de uma publicação e bancou a revista com recursos da PAL (Permacultura America Latina).
André Soares, que ajudou a criar e a dar o pontapé inicial na revista.
Lucy Legan, que propôs e escreveu uma sessão infantil para cada edição.
Fernando J. Soares, que pegou o bastão e editou sozinho as edições de 1 a 5.
Sérgio Pamplona, que editou as revistas de 6 a 12 sozinho, e co-editou da 13 à 16.
Nina Rodrigues, que editou as edições de 13 a 16.
Adriana Morbeck, que administrou a empreitada a partir da edição 6.
E a todos os colaboradores e colaboradoras que mandaram excelentes artigos e matérias que ao final formaram esse acervo de informação. Esperamos que a divulgação virtual e gratuita deste rico material sobre permacultura inspire e estimule muitas pessoas na construção da cultura de permanência que tanto precisamos.
 Exemplar número ONZE disponibilizado. Boa leitura!
Revista Permacultura Brasil nº12

Curso de Construção com Fardo de Palha em Bagé/RS com Scott Pittman em 2001.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2001

BAGÉ
Curso ensina como construir casa alternativa


20BAGE99.jpg Agricultores assentados participam das aulas práticas

Estão em fase avançada as obras da casa utilizada para as aulas práticas do curso de ‘Construção de Casas com Fardo de Palha e Design de Ecovilas’, iniciado em Bagé, no último dia 18, ministrado pelo arquiteto e permacultor norte-americano Scott Pittman. Ele foi um dos introdutores da alternativa no Brasil, em 1992, quando ministrou o primeiro curso em Porto Alegre, despertando o interessados para esse tipo de habitação, idealizado por Bill Mollisson, na Austrália, há mais de 20 anos.

Em Bagé, Scott está a convite do Instituto Diocesano Pastoral São José e da Permacultura América Latina, com o apoio da prefeitura e da Central dos Agricultores Assentados do Rio Grande do Sul. A moradia está sendo construída numa propriedade na zona norte da cidade.

Segundo o instrutor, cerca de 50 pessoas estão trabalhando na obra, em regime de mutirão. Esse tipo de moradia custa de R$ 20,00 a R$ 50,00 o metro quadrado. É construída com eucaliptos, fardos de palha e bambus. O teto é coberto com palha de santa fé e a cobertura lateral é feita com barro. Pittman destaca que as casas são construídas, no sistema de mutirão, em mais de 200 países.


Correio do Povo
Porto Alegre – RS – Brasil

II Congresso LatinoAmericano de Permacultura – Vale do Capão/Bahia/Brasil, 2001.

Hoje trazemos aqui um pouco da memória do processo que findou no 2° Congresso Latinoamericano de Permacultura, organizado por Marsha Hanzi em idos de 2001.

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Segundo Congresso Latinoamericano de Permacultura – Bahia, Setembro 2001–primeira chamada

 

Prezados amigos,

Na primavera de 2001 (17 – 21 de setembro) acontecerá o Segundo Congresso Latinoamericano de Permacultura, a acontecer  no lindo Vale do Capão, perto de Lençois, Bahia.  Neste vale existem três comunidades intencionais de 15, 9, e 4 anos de existência respectivamente, e muitas empreendimentos alternativos , visando a sustentabilidade do Vale como um todo, incluindo coleta seletiva de lixo, medicina alternativa , e uma escola comunitária muito bem-sucedida.

O evento em si durará  cinco dias, as manhãs  dedicadas a temas centrais da Permacultura (tais como ecovilas, dinheiro alternativa,  agroflorestas,  bio-construção, energias alternativas, etc.) numa grande tenda de circo, as tardes reservadas para apresentações de projetos específicos (com vídeos) e visitas aos diversos projetos do Vale. Às noites acontecerão eventos culturais, música, dança, concertos, etc.

O Vale dispõe de pousadas  e campings dos mais diversos tipos, podendo abrigar até 500 pessoas no total, então temos condições de receber muitos colegas do  continente como um todo.

O preço já foi  estabelecido em US$100 para participar no evento.  Este preço cobre as instalações (som, vídeo,  salas etc.) organização das inscrições e  a coordenação do evento em si (palestras, apresentações de trabalhos, eventos culturais, transporte local, informação de programação, etc.),  e a vinda de 7 convidados da mais alta qualidade.  Para cobrir esta primeira base, precisamos de 150 participantes confirmados.

O custo de hospedagem varia conforme o conforto, mas não deve ultrapassar US$100 para os cinco dias… (Pode ser menos).

Estamos procurando patrocínio para a tenda de circo que será comprado e doado ao Vale (que tem uma escola de circo).

Os dois dias anteriores e posteriores ao evento serão dedicados a cursinhos, reuniões administrativas da Rede de Apoio a Permacultura Latinoamericana (RAPEL), e   visitas turísticas à região (a famosa Cachoeira da Fumaça fica neste Vale).  Cursinhos já em vista: 1)  Como estabelecer uma rede de trocas (Argentina); 2 ) Ensinando Permacultura criativamente ( para professores de Permacultura – Skye);  3)  Construindo com adobe;  4) Lançamento da Academia de Permacultura ( com integrantes da RAPEL). Mas existe espaço para mais propostas.

Estamos fazendo esta primeira chamada para que vocês possam se organizar desde já a sua agenda.  Estamos procurando focalizadores regionais que possam organizar  a divulgação, inscrições e comboios da sua região. (Mandaremos material de divulgação “virtual” que pode ser replicado localmente.)  Estas pessoas participarão no evento gratuitamente ( trazendo pelo menos 30 pessoas da sua região).  Com estes comboios ( de ônibus ou carros coletivos), esperamos reduzir consideravelmente o custo de transporte dos participantes.

Estará no ar em breve a página do evento, com fotografias e textos sobre o Vale do Capão e a programação.

Por favor, nos indiquem trabalhos que considerem importantes serem apresentados dentro deste evento, para que possamos ter a programação da mais alta qualidade possível. E, por favor, mandem esta primeira chamada a todos os seus amigos para que possam se programar para este evento inesquecível.

Um grande abraço !

Marsha Hanzi

Instituto de Permacultura da Bahia

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II CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE PERMACULTURA

Vale do Capão, Bahia, Brasil,  24-28 de setembro, 2001.

PROGRAMA

 

SEGUNDA-FEIRA, 24 de setembro

Abertura

09:00                 “Boas Vindas ao Futuro!” – Dr. Áureo Augusto,fundador da Comunidade Lothlorien do Vale do Capão.

10:30                “Permacultura – Visão de um Novo Paradigma” – Marsha Hanzi, Instituto de Permacultura da Bahia.

Ecovilas

14:00                 “A História de Huehuecoyotl – Uma das Comunidades Intencionais Mais Antigas da América Latina” – Beatrice Briggs, norteamericana radicada no México.

15:30                “A Beleza de Morar em Comunidade – Apresentação de slides de Comunidades no Mundo” – Gustavo Ecovila Gaia, Navarro, Argentina.

 

TERÇA-FEIRA, 25

Dinheiro Alternativo

08:30                “Uma Moeda Alternativa Para Economias em Dificuldade” – Carlos de Sanzo, Argentina.

10:00                “Agricultores, Cidadãos e Consumidores – Agentes de Mudança: exemplos de redes produtor – consumidor do Ceará” – Luis Geraldo Moura, do ADAO, Fortaleza.

Iniciativas do Vale do Capão

14:00                “Brilho do Cristal”, Escola alternativa do Vale do Capão.

15:00                “Comunidades do Vale do Capão”:Campina, Rodas, e Lothlorien.

“GAP – Grupo Ambientalista de Palmeiras”.

 

QUARTA-FEIRA, 26

Produção de Alimentos

08:30                “Permacultura em Terras Secas” – Membros do Instituto de Permacultura  em Terras Secas(Ipêterras), Irecê e do Projeto Policulturas.

10:30                 “Sistemas Animais: criação ecológica de bois e búfalos em pastos rotativos com cercas-vivas -forrageiras” – Dr. Abdon Schmitt, Florianópolis, Santa Catarina.

14:30                ”Proposta para Uma Abordagem Biófita an Agricultura” – Ernst Götsch., Piraí do Norte, Bahia.

 

QUINTA-FEIRA, 27

Arquitetura Ecológica

08:30                “Arquitetura ecológica – exemplos pelo mundo, técnicas tradicionais e alternativas” – Marcelo Bueno, Instituto de Permacultura da Mata Atlântica, Ubatuba, SP.

10:00                “Arquitetura Social”   Valdo de Freitas Felinto (TIBA) Rio de Janeiro.

Exemplos da Permacultura

14:00              “Permacultura acontecendo pela América Latina” – Apresentações inscritas (ainda abertas).

Instituto Latinoamericano de Permacultura – Enrique Hidalgo, Bolívia.

Fundação (Comunidade e Escola)Terra Mirim –  Camaçarí, Bahia.

 

SEXTA-FEIRA, 28

Permacultura Social

08:30                “Harmonizando conflito comunitário e a tomada de decisões por Consenso” – Beatrice Briggs, México.

10:00                “Os passos do Desenho Social conforme a análise positiva : uma nova técnica para comunidades intencionais, trazida do mundo empresarial” – Skye, Co-fundador da Ecovilas Crystal Waters, hoje residente  de Mato Grosso do Sul.

Os Próximos Passos

16:00                  “Levando a Permacultura para o novo futuro que se aproxima” Pete Webb, australiano, um dos primeiros alunos alunos de Bill Mollison,  hoje residente em São Paulo.

18:00                 Cerimônia de Encerramento

Apresentações Artísticas (show de talentos)

PROGRAMAÇÃO DE MINICURSOS SENDO DEFINIDA (os minicursos estão incluídos na inscrição do Congresso)a acontecer dois dias antes e depois do Congresso.

1)       Consenso com Bea Briggs

2)       Filtros biológicos com  Marcelo Bueno

3)       Montagem de uma moeda alternativa com Carlos de Sanzo

4)       Avaliação positiva com Skye

5)       Como ensinar a Permacultura criativamente com Skye

6)       Arquitetura energética com Valdo de Freitas Felinto- TIBA